Lanterna-chinesa: cultive essa planta nativa do Brasil no jardim

No universo diversificado da jardinagem, a “lanterna-chinesa” se destaca não só pela sua aparência deslumbrante, mas também por sua origem sul-americana. Essa planta, pertencente ao gênero Abutilon, traz uma beleza única aos jardins, com suas flores que lembram lanternas pendentes.

Se você deseja aprender mais sobre essa magnífica espécie e descobrir como cultivá-la e cuidar dela em seu jardim, este guia é para você. Acompanhe-nos nesta jornada botânica e descubra todos os segredos da lanterna-chinesa.

Conheça a planta lanterna-chinesa

A lanterna-chinesa, conhecida também como sininho, se destaca por seu visual atrativo e tropical. Originária da América do Sul, esta planta pertence ao gênero Abutilon e é membro da família Malvaceae.

Esta parente próxima do hibisco e baobá é encontrada naturalmente em áreas da Mata Atlântica, abrangendo regiões do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. Alcançando até 3 metros de altura quando cultivada no solo ou 1,5 metros em vasos, a lanterna-chinesa tem textura semi-lenhosa e pode ser conduzida como trepadeira.

Suas folhas cordiformes, verdes e serrilhadas, dão vida ao jardim, enquanto suas flores remetem à imagem de um sino ou lanterna chinesa, com cálice vermelho e pétala amarela.

Como cultivar a planta no jardim e em vasos?

Com uma adaptabilidade incrível, a lanterna-chinesa pode ser cultivada em ambientes internos e externos. No entanto, é vital entender as condições ideais para garantir seu florescimento abundante e contínuo.

Em primeiro lugar, para uma floração prolongada, é aconselhável plantá-la em ambientes quentes. Se você optar por cultivá-la em vasos, ela atingirá uma altura média de 1,5 metros, tornando-a ideal para varandas bem iluminadas e cestas suspensas.

Em termos paisagísticos, esta planta oferece uma ampla variedade de usos: isolada, em renque, maciça ou até em vasos suspensos. Importante ressaltar que, embora a lanterna-chinesa seja resistente a diferentes climas, ela é particularmente tolerante a geadas leves. Outro ponto positivo é sua capacidade de atrair abelhas, borboletas e beija-flores, graças à produção de néctar.

Além disso, a decidir cultivá-la em seu jardim ou vaso, lembre-se de que a temperatura ideal varia de 10 a 15°C. No calor, a necessidade de ventilação aumenta, principalmente em ambientes internos. Assim, as folhas podem precisar ser pulverizadas diariamente com água. Se estiver cultivando a planta em climas mais quentes, essa prática ajudará a manter a umidade e saúde da planta.

Os cuidados que se deve ter com a lanterna-chinesa

Vamos ver agora alguns cuidados que é preciso ter com a planta lanterna-chinesa para que ela cresça de forma saudável e correta.

Como regá-la

A lanterna-chinesa prefere solos constantemente úmidos, especialmente em épocas mais quentes. Durante os meses mais calorosos, regue-a duas vezes por semana. Se estiver em vasos, a frequência pode precisar ser maior, pois o solo tende a secar mais rápido. Durante os meses mais frios, a frequência de rega pode ser reduzida, contudo, é crucial que o solo permaneça levemente úmido.

Como adubá-la

A nutrição adequada é essencial para a saúde e o florescimento da lanterna-chinesa. É recomendável adubar a planta a cada 15 dias com fertilizantes de alta qualidade, sendo o NPK 4-14-8 uma opção excelente. Portanto, essa rotina de adubação, especialmente rica em fósforo, favorece a formação de flores vistosas e coloridas.

Como podá-la

Uma boa poda, realizada anualmente, pode estimular o crescimento saudável da planta, com o ideal sendo é podar de 25% a 40% da planta no final do inverno. Isso não apenas incentiva um novo crescimento robusto, mas também ajuda a planta a manter uma forma atraente e controlada.

Atenção a pragas e doenças

A lanterna-chinesa não está isenta de problemas, pois entre as doenças mais comuns, encontramos a mancha-cinzenta, antracnose e míldio. Quanto às pragas, é bom ficar de olho em lagartas, percevejos e traças. Por isso, monitorar sua planta regularmente e tomar medidas preventivas pode ajudar a evitar essas ameaças.

Como fazer uma muda de lanterna-chinesa

Há duas formas principais de reprodução da lanterna-chinesa: por estaquia e por semente. Se optar pela estaquia, utilize uma parte saudável da planta durante o final do inverno e início da primavera.

Além disso, as raízes se desenvolverão em algumas semanas. Se preferir a reprodução por sementes, estas podem ser obtidas dos frutos da planta. Mantenha o solo úmido durante o processo de germinação para garantir o sucesso.

É possível consumir a lanterna-chinesa?

Por fim, as flores pendentes, além de belas, são comestíveis e podem ser utilizadas em saladas e decorações de bolos. Elas adicionam um toque exótico e uma pitada de cor aos pratos, no entanto, é vital garantir que a planta não tenha sido exposta a produtos químicos antes de consumi-la.